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[ARTIGO] Os dez anos de indicações até a primeira fantástica estatueta dourada

No último domingo (27/02), Animais Fantásticos e Onde Habitam conquistou seu primeiro Oscar, na categoria de "Melhor Figurino", para Colleen Atwood. Além de "Melhor Figurino", Animais Fantásticos também concorria na categoria "Direção de Arte", que acabou ficando para "La la land: Cantando Estações".

Esta foi a primeira estatueta que o Mundo Mágico de J.K. Rowling recebe desde sua primeira indicação em 2002 com Harry Potter e a Pedra Filosofal e marca positivamente o fim de um chamado "desprezo" da Academia pelos filmes da série. No artigo abaixo, relembramos a história de Harry Potter no Oscar e comentamos sobre o que essa primeira estatueta representa não apenas para o futuro, como também para toda a trajetória dos filmes de Harry Potter. Confira:


Os dez anos de indicações até a primeira fantástica estatueta dourada
Por Julio Cesar Vieira


As primeiras indicações chegaram ainda em 2002, quando a franquia Harry Potter nos cinemas era ainda uma novidade, já expressamente conhecida, mas que veria expandir seus horizontes em níveis extraordinários nos anos posteriores. Mas em 2002, Pedra Filosofal foi indicado ao Oscar em três categorias: Melhor Direção de Arte (Que premiou Moulin Rouge – Amor em Vermelho); “Melhor Figurino” (Que garantiu mais uma estatueta para Moulin Rouge) e por fim, “Melhor Trilha Sonora” (Que premiou outra estreia de fantasia, O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel). Porém, mais do que voltar para casa sem qualquer estatueta nas mãos, 2002 marcou o início de uma verdadeira “estranheza” a série Harry Potter aos olhos da Academia.

Isso porque apenas três anos depois, em 2005, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban seria agraciado em duas indicações ao Oscar daquele ano, repetindo a indicação anterior em “Melhor Trilha Sonora” (Que ficou para Em busca da Terra do Nunca) e agora também em “Melhores Efeitos Visuais” (Que premiou Homem-Aranha 2).

Cálice de Fogo, em 2006, garantiu a série sua sexta indicação ao Oscar, desta vez na categoria de “Melhor Direção de Arte” (Que ficou ao gosto de Memórias de uma Gueixa). Em 2010, Harry Potter e o Enigma do Príncipe seria indicado na categoria de “Melhor Fotografia” (Que perderia, mais uma vez, para o filme Avatar). Em 2011, Relíquias da Morte: Parte 1 seria indicado em duas categorias já conhecidas da franquia, novamente em “Melhor Direção de Arte” (Dando a estatueta para Alice no País das Maravilhas) e “Melhores Efeitos Visuais” (Que ficou com o filme A Origem). 2012 seria a última oportunidade da franquia conquistar uma estatueta dourada, isso porque o último capítulo da história original de Potter chegava aos cinemas e Warner Bros. reforçou uma campanha estrondosa na busca em mostrar para a Academia seu desejo de uma estatueta para Potter. Relíquias da Morte: Parte 2 chegou a ser indicado em três categorias: “Melhor Direção de Arte” (Que perdeu para A Invenção de Hugo Cabret); “Melhores Efeitos Visuais” (Também perdendo para Hugo Cabret) e “Melhor Maquiagem” (Que ficou com A Dama de Ferro).

Ao todo foram 12 indicações e 10 edições do Oscar em que a franquia Harry Potter esteve presente, infelizmente apenas como indicado. Na época, uma reportagem publicada pelo Estadão estampava a manchete “Harry Potter e o estranho caso de desprezo do Oscar”, na reportagem John Richardson, o supervisor de Efeitos Visuais dos últimos filmes da franquia, argumentava a política de votação da Academia, em uma de suas falas aponta “Recebemos três indicações da Academia por provavelmente um dos filmes mais bem feitos e de maior bilheteria do ano”.

E este é um ponto de extrema importância a ser analisado, justamente porque os filmes de Harry Potter nunca decepcionaram em suas bilheterias, batendo recordes atrás de recordes. Sem desmerecer quaisquer um dos filmes que ao longo desses dez anos de indicações venceram os Potters, claramente havia uma certa disparidade entre o trabalho detalhista e meticuloso que foi sendo inserido em cada um dos filmes da franquia e a escolha dos jurados da Academia. Em muitas (e muitas vezes), os filmes de Harry Potter tiveram reais chances de levar a estatueta, por seu desempenho singular nas categorias em que foi sendo indicado, como o Design de Produção (Aos méritos do espetacular Stuart Craig) e de Efeitos Visuais. 

O fato de Harry Potter não ter conquistado nenhuma estatueta nesse longo espaço de tempo revela esse orgulho da Academia em premiar filmes que fossem estrangeiros ou mesmo que estivesse inserido em uma franquia bilionária da dimensão a que Harry Potter chegara. Nem em seu último capítulo, onde então teria sua última oportunidade de ganhar, Harry Potter esteve nos envelopes lacrados. É claro que para nós – fãs e admirados da Saga – ganhar ou não um Oscar não modificaria nem a importância nem os sentimentos para com a franquia. De fato, possivelmente, ao menos em termos lucrativos, a presença de um Oscar tampouco teria ressonâncias para a franquia.

No entanto, há uma questão de reconhecimento que é relevante. O Oscar, em sua magnitude e exposição, representa não apenas a escolha de um grupo de jurados para os melhores filmes do ano, mas um reconhecimento de longo prazo da contribuição desses filmes e dos profissionais por trás de cada detalhe desses filmes. O reconhecimento do quanto esses filmes contribuíram para a linguagem cinematográfica. E não há dúvidas do quanto a franquia Harry Potter contribuiu para o cinema britânico e mundial, revelando um amadurecimento que acompanhou os avanços tecnológicos e todas as expansões de possibilidades de ferramentas que permitiram que profissionais talentosos e competentes pudessem dar vida as palavras de uma história com feitiços, lugares excêntricos e animais fantásticos.

Aliás, Animais Fantásticos. Na noite de ontem, a 89º edição do Oscar premiou pela primeira vez um filme do Mundo Mágico de J.K. Rowling. Concorrendo em duas categorias (Das quais os filmes de Harry Potter haviam sido indicados tantas vezes), “Melhor Design de Produção” e “Melhor Figurino”, Animais Fantásticos levou a estatueta nessa última categoria. Colleen Atwood é o nome da mulher responsável por recriar toda a indumentária inspirada nos anos 1920 de Nova York e dar um ar todo mágico para as paletas de cores, as texturas e os movimentos que caracterizam e revelaram aspectos da personalidade de cada personagem. Atwood não é inexperiente, ela também foi a figurinista de célebres filmes como Chicago, Memórias de uma Gueixa, a versão Tim Burton de Alice no País das Maravilhas, Edward Mãos de Tesoura, Branca de Neve e o Caçador, entre vários outros. Animais Fantásticos e Onde Habitam rendeu a Colleen sua quarta estatueta.






Mas o reconhecimento da Academia do trabalho de Atwood representa também uma devolutiva a todas as expectativas que foram sendo cultivadas nas 12 indicações dos filmes de Harry Potter (E há quem diga que possa até mesmo ser entendido como uma retratação). De todo modo, esse prêmio tem sim sua importância e significado para a série e consequentemente, para todos os fãs. Embora cada prêmio seja entregue de forma individual, avaliando o aspecto de cada categoria para cada filme em particular, a estatueta que agora acompanha apenas o primeiro volume dessa nova série de filmes do mundo mágico, garante que finalmente, após quase duas décadas, a Academia deixa de lado sua “estranheza”, ou ao menos compactua melhor com a qualidade técnica e artística que esses filmes mostraram e que Animais Fantásticos permaneceu tão fielmente. 

De várias maneiras, a importância desse prêmio não apenas acompanhará os filmes que ainda serão lançados daqui para frente, mas honra e consagra igualmente os oitos filmes de Harry Potter que o antecederam. E para nós isso se assemelha a uma sensação de alívio por esse símbolo tão relevante do cinema. De agora em diante, permanecemos na expectativa de que os próximos quatro longas da franquia “Animais Fantásticos” não apenas estejam presentes nas indicações do Oscar, como continuem conquistando novos prêmios. Mas caso não conquistem: malfeito feito.

Sempre teremos uma grande produção do mundo mágico para ver e rever.
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Por Julio Cesar
em segunda-feira, fevereiro 27, 2017
Tags: Animais Fantásticos, Oscars

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